sexta-feira, 27 de maio de 2011

Teatragem não tem fim

Pra quem sente falta do espetáculo de formatura da turma 43, Teatragem será apresentado neste domingo em São Paulo, com algumas alterações no elenco.


É uma ótima oportunidade para fazer um programa diferente: dar uma volta no Parque das Bicicletas e assistir um espetáculo de teatro de rua! E o melhor: de graça.

Dia: 29/05 (Domingo) - Horário: 12h
Local: PARQUE DAS BICICLETAS (Alameda Iraé, 35, Indianópolis, São Paulo, Brazil) Como chegar

Sinopse: Uma comédia que resgata a linguagem popular do sertão inspirado no universo de Guimarães Rosa. O Texto trata da história de jagunços que pressionados por um coronel precisam montar uma peça de teatro. O problema é que o grupo não imagina o que seja isso. E pior, a peça seria uma adaptação de “Sonhos de uma noite de verão”, de Shakespeare. A partir daí é desenvolvida a trama onde mostra a riqueza de nossa cultura através de uma linguagem própria, rica e mesclada à ignorância dos personagens que levam a frente este objetivo.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

A primeira temporada: Ópera do Malandro

Você sabia que nem sempre as turmas que se formavam na Fundação das Artes ficavam em temporada? Essa prática só começou a ser adotada em 1997, com a consagrada Ópera do Malandro dirigida por Seme Lufti que ficou em cartaz de  19/06 a 20/07 com apresentações de quinta a domingo. 

O Sérgio Azevedo, atuava no espetáculo como o Malandro e hoje, 14 anos depois, é ele quem assina a direção do espetáculo de formatura que está em cartaz.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A música no Teatro Épico – Kurt Weill




O Prof. Dr. Marco Antonio Guerra virá a Fundação das Artes para dar uma aula e contribuir com o processo de pesquisa do Núcleo 45 e demais interessados.

Mahagonny
– o processo continua


O Núcleo 45, empenhadíssimo na construção de toda uma cidade – nossa Mahagonny –, não para. Montar um espetáculo teatral, se for algo bem feito, nos dá duas coisas imensas: trabalho e prazer (e quem é do ramo gosta dos dois!). Daí estarmos comprometidos com um profundo mergulho no processo de criação, para que tenhamos, ao estrear em agosto próximo, um espetáculo que mostre isso: todo nosso trabalho e todo nosso prazer.

Assim, após a excelente palestra com o Prof. Dr. Roberto Coelho (PUC-SP e Universidade S. Judas Tadeu-USJT), que nos situou em relação aos contextos e motivos políticos-filosóficos-históricos-sociais – e, sobretudo, artísticos – que levaram Brecht a escrever Ascensão e queda da cidade de Mahagonny, agora é a vez de entendermos a contribuição da música de Kurt Weill ao teatro épico-dialético.

Para isso, convidamos o Prof. Dr. Marco Antonio Guerra (USP e USJT), que nos mostrará e explicará a importância dessa nova concepção musical para o teatro.

A aula será neste domingo, 15/05/2011, das 10h às 14h, no Teatro Timochenco Wehbi, com entrada franca. O convite é aberto aos alunos da Escola de Teatro e Música. Porém, quem mais estiver interessado em saber como se edifica a arte contemporânea está convidado, portanto.

Núcleo 45

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Quinta Essência de Volta!

O projeto que abre espaço para os alunos se apresentarem às quintas-feiras no saguão da Fundação das Artes está de volta.

Quem quiser apresentar uma cena, recitar uma poesia, cantar, enfim. É um espaço de livre expressão artística. Valem apresentar cenas retiradas dos exercícios feitos em aula, de projetos de fora da escola.

Inscreva-se: procure a secretaria e marque a data da sua apresentação.

Hoje, na retomada do projeto,  parte do Núcleo 44 apresentou-se cantando algumas músicas do espetáculo Arritmia e sortearam um ingresso para  a peça.
por Thalita Maragon

Expliquem-se
Digam
Expliquem-se
Discorram
Peçam
Beijem-se
Toquem-se
Transem
Envolvam-se
Separem-se
Constituam
Aleijamento não o tem
Mêdo do outro, medo de mim,do que, de quem...?
Assumam que andam me perseguindo, o que precisam dizer.
Vivam sua trajetória
Pensem e se aglutinem
Aceitem a dependência mas sejam dignas de serem.
Letras.



Thalita Maragon a é aluna do curso profissionalizante de Teatro da Fundação das Artes e integra a turma 47. Quer ver seu texto aqui? Mande para teatrofascs@gmail.com.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Abajur de Angústia

por Felipe Jóia

Um homem sentado numa escrivaninha, iluminado pela luz de um abajur. Ele se perde em seus pensamentos ao mesmo tempo em que aquela luz oscila em seu rosto. Seu rosto tem uma expressão de angústia e seus olhos estão fixos naquela luz como se estivesse hipnotizado. Suas mãos estão postas uma sob a outra tentando disfarçar aquela inquietação.

Seus pensamentos estão longe, perdidos em algum lugar daquele luz branca amarelada que sai pela cúpula do abajur. Uma piscada profunda corta a luz que entra nos seus olhos e ele percebe que quando deixa de olhar para a luz, sua angustia se esvai.

Durante alguns segundos, o homem, que até então estava com o olhar perdido, fica com seus olhos fechados. Durante este tempo, sente uma calma por dentro, uma calma profunda que toma todo seu corpo. Mas é difícil não olhar para aquela bela luz. Algo o chama, o faz ter vontade de olhar.

Imediatamente seus olhos se abrem e ao mesmo tempo em que aquela luz entra novamente em seus olhos, preenchendo seu corpo com, a priori, uma angústia sem tamanho, o homem é tomado por uma sensação tão boa, tão agradável que por um instante esquece-se daquela angustia e sente vontade de correr pelas ruas escuras da cidade iluminada. Correr sem rumo e sentir o vento fresco da noite bater em seu rosto.

Todos os dias aquele homem espera incessantemente o dia acabar, espera cair a noite, para ver aquela luz novamente.


Felipe Jóia foi aluno do curso profissionalizante e se formou em 2009 com a turma 41. Está em cartaz como ator convidado do espetáculo Arritmia e é artista-orientador do Programa Viva Arte Viva. Quer ver seu texto aqui? Mande para teatrofascs@gmail.com.