Reforçando o post anterior da Ferraresi, segue um breve histórico do movimento que os alunos e a comunidade em geral tem feito em prol da reforma da Fundação e também o levantamento de algumas das principais agravantes que no âmbito da infraestrutura comprometem as atividades da escola.
A Fundação das Artes de São Caetano do Sul (FASCS) comemorou em abril 43 anos de atividade artístico-cultural na cidade, tendo oferecido, ao longo de sua história, formação técnica a muitos artistas dos mais diversos segmentos da arte como música, dança, teatro e artes plásticas. Além disso, na esféra sócio-cultural, oferece cursos livres de iniciação às artes para todas as idades. Produz, também, uma vasta programação cultural que vai desde espetáculos de dança e exposições de artes plásticas, entre outros, até um festival de teatro que, por meio de espetáculos, oficinas e bate-papos, há dez anos tem fomentado e aprofundado na região a reflexão acerca do fazer teatral. São essas algumas das ações que, ao longo de seus 43 anos, a Fundação tem implementado, passando pelas dimensões artística, cultural, social e educativa. No entanto, a escola tem passado por uma situação bastante incômoda e preocupante.
O prédio no qual funciona atualmente a FASCS, não foi construído para ser uma escola de arte, portanto não dispõe da infraestrutura de que necessita um espaço que se comprometa com o ensino e difusão do fazer artístico (mais informações sobre a história da escola em http://www.fascs.com.br/pdf/muito_prazer.pdf). Além disso, com o passar do tempo, a escola foi ampliando seu número de usuários e funcionários, o que acarretou no fato de que a estrutura física da escola não suporta mais suas atividades, ou seja, deixa a desejar tanto em termos qualitativos quanto em termos quantitativos. Diante dessa circunstância, alunos das quatro escolas são obrigados a disputar todo e qualquer espaço para ensaiar ou estudar, chegando a não terem aulas por falta de espaço ou terem de improvisar aulas nos lugares mais inusitados: certa vez, um garoto se trancou no banheiro para conseguir estudar violino. A questão do barulho também é um problema gravíssimo e as paredes não isolam o som: situações como um professor de música tentando dar uma prova de apreciação (que prescinde de silêncio absoluto) e, na sala ao lado, ter um aluno estudanto trombone é comum. A biblioteca fica em um porão e a infraestrutura é tão deplorável que o estudante sequer tem acesso físico ao acervo - que, vale lembrar, também precisa ser melhorado o quanto antes. Vários itens de cenário e figurino de teatro e dança têm de ser descartados, pois o prédio não possui um espaço suficientemente adequado para seu armazenamento, e mesmo o espaço reservado para isso acaba por fazer com que as coisas mofem, sem contar que há ali canos externos que já vazaram mais de uma vez, molhando e, consequentemente, estragando boa parte das coisas que se encontravam por lá. E como se não bastasse, atualmente temos enfrentado, nas apresentações que ocorrem no precário teatro do prédio, ataques de "siriris" (cupins ainda com asa). Há ninhos e ninhos desses insetos dentro e nos arredores do teatro e, nessa época do ano, com o aumento da temperatura, eles atrapalham todo e qualquer tipo de apresentação que, invariavelmente, tem de ser interrompida até que os bichinhos decidam sair, comprometendo, assim, tanto a fruição do público quanto a aprendizagem dos estudantes, uma vez que a maior parte dessas apresentações são exercícios propostos pelo curso e realizados pelos alunos. Esses são alguns dos problemas que fazem com que a qualidade da Fundação das Artes de São Caetano do Sul seja prejudicada, tornando o ensino pior do que poderia ser. Para finalizar esse ponto, tocando em um ponto que vai além da esféra cultural, é importante também lembrar que o prédio não está equipado para receber pessoas com necessidades especiais.
Diante desse contexto, é desde 2009 que alunos, professores e funcionários da escola têm se articulado para levantar um projeto de reforma e solicitar junto à Administração Pública Municipal a viabilização deste com o único fim de desenvolver o nível de qualidade de ensino em artes da instituição, assim como melhorar o atendimento ao público em geral. A primeira vez que a reivindicação foi levada a público foi no ano de 2009, em um encontro do PPA (Plano Pluri Anual) cuja finalidade é levantar as demandas municipais a partir da perspectivida da comunidade para assim formular um orçamento participativo que determinará os caminhos que irão tomar o dinheiro público. Passado algum tempo, foi com grande entusiasmo que todos receberam, da parte do poder público, a notícia de que a reforma do prédio iria ocorrer ainda para o ano de 2010, conforme divulgado pela imprensa local em uma matéria sobre os 42 anos da instituição (link da matéria: http://www.dgabc.com.br/News/5804373/justa-homenagem.aspx). Por conta desse plano de reforma eminente, várias atividades que estavam programadas para ocorrer no teatro da Fundação, foram transferidas para outros espaços da cidade, o que foi feito sem descontentamento algum, afinal o que mais se queria iria acontecer: a reforma. No entanto, o que no início era uma esperança vibrante foi se desgastando e se tornando uma espera insuportável. O prazo (2010) ia se esgotando e nada acontecia. Sequer um simples parecer acerca do andamento das coisas nos era fornecido. Terminado o ano de 2010. Nada de reforma. Apenas uma esperança desgastada de que a administração pública ainda cumpriria com sua palavra - e, por que não dizer, com sua obrigação.
Estamos em setembro de 2011. A reforma ainda não ocorreu, não tem previsão para ocorrer e as precárias circunstâncias supra citadas só têm se agravado cada vez mais. Todo esse histórico, assim como o contexto atual, nos leva à uma agitação e mobilização urgentes. Se faz necessário uma relação de comunicação mais direta, objetiva e imediata entre a comunidade e aqueles que a representam politicamente e, acima de tudo, para que a Fundação das Artes possa manter, e até mesmo superar, sua excelência enquanto polo cultural do munícipio, essa reforma se faz imprescindível e urgente. Não há motivos para essa reforma não ocorrer. Pelo contrário - há vários motivos pra que ela ocorra: o projeto está pronto; é uma demanda da comunidade; nos últimos anos a cultura na cidade tem se desenvolvido a passos largos, tanto no número de projetos implementados quanto no número de atendimentos realizados; a Fundação é uma das mais reconhecidas escolas de arte do país; há verba disponível para essa ação e, acima de tudo, a necessidade/demanda é nitidamente real.
No tocante a esta situação, solicitamos que todos aqueles que, de alguma forma, concordam conosco quanto à necessidade de reforma do prédio da Fundação, assinem a peição pública que pode ser encontrada no link abaixo. (Esse abaixo assinado será entregue à Admnistração Pública juntamente com uma carta que conterá uma exposição acerca das condições atuais do prédio, assim como nossas reivindicações e propostas de melhoria).
Link do abaixo assinado: http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N14147
A Fundação das Artes de São Caetano do Sul (FASCS) comemorou em abril 43 anos de atividade artístico-cultural na cidade, tendo oferecido, ao longo de sua história, formação técnica a muitos artistas dos mais diversos segmentos da arte como música, dança, teatro e artes plásticas. Além disso, na esféra sócio-cultural, oferece cursos livres de iniciação às artes para todas as idades. Produz, também, uma vasta programação cultural que vai desde espetáculos de dança e exposições de artes plásticas, entre outros, até um festival de teatro que, por meio de espetáculos, oficinas e bate-papos, há dez anos tem fomentado e aprofundado na região a reflexão acerca do fazer teatral. São essas algumas das ações que, ao longo de seus 43 anos, a Fundação tem implementado, passando pelas dimensões artística, cultural, social e educativa. No entanto, a escola tem passado por uma situação bastante incômoda e preocupante.
O prédio no qual funciona atualmente a FASCS, não foi construído para ser uma escola de arte, portanto não dispõe da infraestrutura de que necessita um espaço que se comprometa com o ensino e difusão do fazer artístico (mais informações sobre a história da escola em http://www.fascs.com.br/pdf/muito_prazer.pdf). Além disso, com o passar do tempo, a escola foi ampliando seu número de usuários e funcionários, o que acarretou no fato de que a estrutura física da escola não suporta mais suas atividades, ou seja, deixa a desejar tanto em termos qualitativos quanto em termos quantitativos. Diante dessa circunstância, alunos das quatro escolas são obrigados a disputar todo e qualquer espaço para ensaiar ou estudar, chegando a não terem aulas por falta de espaço ou terem de improvisar aulas nos lugares mais inusitados: certa vez, um garoto se trancou no banheiro para conseguir estudar violino. A questão do barulho também é um problema gravíssimo e as paredes não isolam o som: situações como um professor de música tentando dar uma prova de apreciação (que prescinde de silêncio absoluto) e, na sala ao lado, ter um aluno estudanto trombone é comum. A biblioteca fica em um porão e a infraestrutura é tão deplorável que o estudante sequer tem acesso físico ao acervo - que, vale lembrar, também precisa ser melhorado o quanto antes. Vários itens de cenário e figurino de teatro e dança têm de ser descartados, pois o prédio não possui um espaço suficientemente adequado para seu armazenamento, e mesmo o espaço reservado para isso acaba por fazer com que as coisas mofem, sem contar que há ali canos externos que já vazaram mais de uma vez, molhando e, consequentemente, estragando boa parte das coisas que se encontravam por lá. E como se não bastasse, atualmente temos enfrentado, nas apresentações que ocorrem no precário teatro do prédio, ataques de "siriris" (cupins ainda com asa). Há ninhos e ninhos desses insetos dentro e nos arredores do teatro e, nessa época do ano, com o aumento da temperatura, eles atrapalham todo e qualquer tipo de apresentação que, invariavelmente, tem de ser interrompida até que os bichinhos decidam sair, comprometendo, assim, tanto a fruição do público quanto a aprendizagem dos estudantes, uma vez que a maior parte dessas apresentações são exercícios propostos pelo curso e realizados pelos alunos. Esses são alguns dos problemas que fazem com que a qualidade da Fundação das Artes de São Caetano do Sul seja prejudicada, tornando o ensino pior do que poderia ser. Para finalizar esse ponto, tocando em um ponto que vai além da esféra cultural, é importante também lembrar que o prédio não está equipado para receber pessoas com necessidades especiais.
Diante desse contexto, é desde 2009 que alunos, professores e funcionários da escola têm se articulado para levantar um projeto de reforma e solicitar junto à Administração Pública Municipal a viabilização deste com o único fim de desenvolver o nível de qualidade de ensino em artes da instituição, assim como melhorar o atendimento ao público em geral. A primeira vez que a reivindicação foi levada a público foi no ano de 2009, em um encontro do PPA (Plano Pluri Anual) cuja finalidade é levantar as demandas municipais a partir da perspectivida da comunidade para assim formular um orçamento participativo que determinará os caminhos que irão tomar o dinheiro público. Passado algum tempo, foi com grande entusiasmo que todos receberam, da parte do poder público, a notícia de que a reforma do prédio iria ocorrer ainda para o ano de 2010, conforme divulgado pela imprensa local em uma matéria sobre os 42 anos da instituição (link da matéria: http://www.dgabc.com.br/News/5804373/justa-homenagem.aspx). Por conta desse plano de reforma eminente, várias atividades que estavam programadas para ocorrer no teatro da Fundação, foram transferidas para outros espaços da cidade, o que foi feito sem descontentamento algum, afinal o que mais se queria iria acontecer: a reforma. No entanto, o que no início era uma esperança vibrante foi se desgastando e se tornando uma espera insuportável. O prazo (2010) ia se esgotando e nada acontecia. Sequer um simples parecer acerca do andamento das coisas nos era fornecido. Terminado o ano de 2010. Nada de reforma. Apenas uma esperança desgastada de que a administração pública ainda cumpriria com sua palavra - e, por que não dizer, com sua obrigação.
Estamos em setembro de 2011. A reforma ainda não ocorreu, não tem previsão para ocorrer e as precárias circunstâncias supra citadas só têm se agravado cada vez mais. Todo esse histórico, assim como o contexto atual, nos leva à uma agitação e mobilização urgentes. Se faz necessário uma relação de comunicação mais direta, objetiva e imediata entre a comunidade e aqueles que a representam politicamente e, acima de tudo, para que a Fundação das Artes possa manter, e até mesmo superar, sua excelência enquanto polo cultural do munícipio, essa reforma se faz imprescindível e urgente. Não há motivos para essa reforma não ocorrer. Pelo contrário - há vários motivos pra que ela ocorra: o projeto está pronto; é uma demanda da comunidade; nos últimos anos a cultura na cidade tem se desenvolvido a passos largos, tanto no número de projetos implementados quanto no número de atendimentos realizados; a Fundação é uma das mais reconhecidas escolas de arte do país; há verba disponível para essa ação e, acima de tudo, a necessidade/demanda é nitidamente real.
No tocante a esta situação, solicitamos que todos aqueles que, de alguma forma, concordam conosco quanto à necessidade de reforma do prédio da Fundação, assinem a peição pública que pode ser encontrada no link abaixo. (Esse abaixo assinado será entregue à Admnistração Pública juntamente com uma carta que conterá uma exposição acerca das condições atuais do prédio, assim como nossas reivindicações e propostas de melhoria).
Link do abaixo assinado: http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N14147
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